L’amico,giornalista Regis Estevez.condivide l’articolo di Francisco Caruso
Inserito il 01 febbraio 2013 da Maria Rosa DOMINICI
Olá, tudo bem? Gostaria de compartilhar esse artigo do Francisco Caruso com vc. Um abraço. http://www.ecoreserva.com.br/eco-news/colunistas/769-o-beija-flor-e-o-indio
E’ talmente bella l’immagine del giovane indio che sorride con un bacia-fiore (un piccolo uccellino si è posato sulle sue labbra ) e interessante la riflessione che ne consegue,che desidero subito pubblicare questo bell’articolo del professor Francisco Caruso che cosi gentilmente,l’amico Regis Estevez mi ha inviato..E’vero questo non ha prezzo!
Hoje revi uma fotografia encantadora, principalmente por sua simplicidade quase inimaginável, pelo menos para quem mora na cidade. Nela se vê o rosto de um jovem índio, esboçando um leve sorriso, e um beija-flor, flagrado na fração de tempo na qual, num gesto de enorme generosidade, troca uma doce flor da floresta pelos lábios de seu admirador. A foto é quase mágica. Para quem está imerso no quotidiano de uma sociedade capitalista, que tão bem se utiliza da propaganda, não seria difícil se referir a este momento de uma ternura ímpar exclamando: “isso não tem preço”. E, de fato, não tem!
Essa imagem não me saiu da cabeça durante todo o dia, mas não apenas por sua incrível beleza. Talvez nunca saibamos o que permitiu, na prática, essa aproximação tão inesperada, essa confiança desmedida que não parece caber em um animalzinho tão pequeno. No entanto, pelo menos em teoria, sabemos que ela é fruto de uma postura de enorme respeito do jovem índio para com a mãe natureza, incluindo todos seus seres vivos. Sua sobrevivência depende disso diretamente e essa verdade lhe é quase palpável. E aqui talvez resida o que, no fundo, estava me angustiando: nossa relação com a terra e os animais deteriorou-se e não é mais direta. Ao contrário, foi terceirizada. Não precisamos mais caçar, pescar nem colher frutos e raízes para continuarmos vivos. Basta comprar os alimentos. Produzidos onde? Não precisamos buscar água todo dia em cabaças; basta abrir a torneira. Mas de onde ela vem? Não importa, alguém vai cuidar de nos prover de todas nossas necessidades. Tudo é muito longe da realidade. Por que então respeitar essa natureza quase inatingível?
Aí reside um grande e triste paradoxo: a complexidade (crescente) da sociedade humana é, ao mesmo tempo, sua enorme força, mas também é a sua maior ameaça e, portanto, sua potencial fraqueza. Não há como voltar atrás na caminhada da humanidade, não há mais como acreditar no mito do bom selvagem e a complexidade à qual nos referimos só tende a aumentar e a nos afastar, cada vez mais, das raízes que um dia prenderam nossos ancestrais à natureza. Foi assim que se foi construindo, lentamente, a convicção de que a natureza é uma provedora inesgotável.
Hoje se sabe que isso não é absolutamente verdade. Entretanto, o que a humanidade (com raras exceções) faz? Continua a dilapidar a natureza. Quem se importa, por exemplo, se uma área enorme de floresta virgem é destruída para se criar gado? Afinal, já são mais de 7 bilhões de bocas para se alimentar no planeta. Esse tipo de raciocínio é extremamente perigoso, e a ganância capitalista não perdoa.
Qual é a solução para esse paradoxo, perguntaria o leitor. Não sei mesmo. Educação? Ciência? Não tenho a menor ideia. A única coisa que sei hoje é que os devaneios provocados pela interação de um beija-flor e um índio podem ser infinitos. Dentre essas múltiplas possibilidades, me alegra a alma pensar que esse beijo mágico possa despertar reflexão em outras mentes e me indago se a humanidade poderá ser capaz de dele tirar alguma lição que vá além da estética e da poesia.
Francisco CarusoFrancisco Caruso é Pesquisador Titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF , Prof. Associado do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ e Prof. Colaborador do HCTE/UFRJ.
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credo che bacia-fiore sia il nome indio dei colibri…almeno mi sembra di riconoscerlo in questa foto..sicuramente è un nome dolcissimo
Molto più poetico che in italiano, che è uccello mosca.